domingo, 4 de julho de 2010

InCerto...




Ontem assiti a um espetáculo que me inquietou bastante, me incomodou tão profundamente que não consigo sequer parar de pensar sobre as questões levantadas pelo espetáculo. São problemas tão reais, tão presentes na vida de qualquer pessoa que faz teatro, e principalmente... na vida de pessoas que não têm medo de ter medo. me identifiquei bastante com trechos do texto do espetáculo, que por sinal é maravilhoso. Texto de quem, né? Rafael Martins, espetáculo InCerto do Grupo Bagaceira. Aconselho a todas as pessoas a assistirem. As questões são muito humanas, muito atemporal, muito... reais eu ouso dizer.

E é por isso que eu me identifico com o texto...
Porque é o quase que também me incomoda...


Quase amiga, quase namorada, quase filha, quase profissional, quase filha, quase feliz... quase isso e quase aquilo. Chega de quase, né? Precisamos abraçar mais as nossas realidades, nossas características que nem sempre são as melhores, mas são as que temos e princiaplemente são as que nos tornam quem somos. Imaginem se fôssemos todos iguais??? SACOOOOOOOOOOOO!!!!!

E viva a diferença.

Meu desejo hoje, depois de assistir Incerto, é: auto-conhecimento é importantíssimo, mais auto-compaixão nem sempre! O amanhã já começou então a hora realmente é essa. Porque esperar pelo ano que vem pra mudar quando esse. É o ano que vem do ano que passou? Outra coisa que o espetáculo fez foi expor feridas abertas, mais tão abertas que eu podia sentir o cheiro do sangue na carne de cada um envolvido naquela trama artística e ao mesmo tempo tão real. Quem conhece a história do grupo e as pessoas sabem do que falo. Eu admiro muito o trabalho do bagaceira e mais ainda agora. Não que eu tenha visto um grande espetáculo, a sacada da peça não está em sua estética, ação dramática ou recursos mirabolantes de encher os olhos, não. De forma alguma. O espetáculo é muito simples, muito despretencioso até e um tanto quanto surpreendente. Não por ser algo nunca visto, mas porque ele toma linhas diferentes em determinadas partes e principalmente por tamanha sinceridade em cena, por tamanha coragem de ser verdadeiro. Ao grupo Bagaceira eu tiro hoje o meu chapeu, se tivesse um, claro!!!!! Desejo muito sucesso sempre e que muitas dessas questões levantadas durante o espetáculo que não deixa de ser um processo de mudança de vocês e do fazer teatro na vida de cada um de vocês que continua esse trabalho tão lindo e intenso de vocês... Parabéns por esses 10 anos de teatro, de dedicação, abdicação e entrega a arte. Que vocês consigam um dia ser muito mais do que um quase, assim espero o mesmo de mim.

Abraço a todos do grupo e especialmente ao autor do espetáculo InCerto, Rafael
Martins!!!!!

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=808538


E a quem mais passar por aqui... Bom Dia!!!!!

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