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JOSÉ: Carminha, eu amo é Teresa.
CARMINHA: Ama, não.
JOSÉ: Como é que não amo?
CARMINHA: Esse que ce sente não é amor, não. É vaidade. O amor é quando a gaiola ta aberta, quando a coleira está frouxa. O amor é o de soltar, esse de prender é vaidade.
JOSÉ: Eu vou pra minha casa.
CARMINHA: Vai que eu não vou te pedir que fique
JOSÉ: Vou mesmo.
CARMINHA: Vai José. Tu não ta preso, não.
JOSÉ: Carminha, eu não posso fazer nada por você, não.
CARMINHA: Então deixe que por mim eu mesma faço. Agora faz um favor a Teresa: deixa a menina, José. Deixa o tempo.
JOSÉ: Eu vou tirara sua irmã do meu peito, Carminha, ce vai ver.
CARMINHA: Consiga isso.
JOSÉ: Eu vou bortar você no lugar dela.
CARMINHA: Isso aí não é a gente que escolhe, não.
JOSÉ: Vou dar um jeito...
CARMINHA: Não me prometa nada não, José, que depois pra mim fica pior.
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trecho do texto da baiana Cláudia Barral
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