sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cordel do amor sem fim...


...
JOSÉ: Carminha, eu amo é Teresa.

CARMINHA: Ama, não.

JOSÉ: Como é que não amo?

CARMINHA: Esse que ce sente não é amor, não. É vaidade. O amor  é quando a gaiola ta aberta, quando a coleira está frouxa. O amor é o de soltar, esse de prender é vaidade.

JOSÉ: Eu vou pra minha casa.

CARMINHA: Vai que eu não vou te pedir que fique

JOSÉ: Vou mesmo.

CARMINHA: Vai José. Tu não ta preso, não.

JOSÉ: Carminha, eu não posso fazer nada por você, não.

CARMINHA: Então deixe que por mim eu mesma faço. Agora faz um favor a Teresa: deixa a menina, José. Deixa o tempo.

JOSÉ: Eu vou tirara sua irmã do meu peito, Carminha, ce vai ver.

CARMINHA: Consiga isso.

JOSÉ: Eu vou bortar você no lugar dela.

CARMINHA: Isso aí não é a gente que escolhe, não.


JOSÉ: Vou dar um jeito...

CARMINHA: Não me prometa nada não, José, que depois pra mim fica pior.
...

trecho do texto da baiana Cláudia Barral


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